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Irmã Teresinha Maria, IMC, poetisa do século, lança poema: CLAMANDO POR LIBERTAÇÃO. VEJA!

Celebrando o Centenário da Morte-Vida Nova do Servo de Deus Frei João Pedro, o poema O QUE PEÇO AO SENHOR da nossa conhecida Autora Irmã Teresinha Maria, é um convite a refletir sobre a confiança na Divina Providência, virtude em que se notabilizou nosso querido Servo de Deus.

O QUE PEÇO AO SENHOR    

Meu Deus,
venho pedir-te uma graça diferente
daquelas que te pedimos, comumente.
É que hoje inspiras à minha pequenez
me
diante uma consciência clara e profunda,
que nada sou, nada entendo, nada posso…
 
Reconheço-me tão criança assim
nem sei o que seria bom para mim.
E por isto o que pedir, nessa indigência?
Oh! Basta-me acreditar em tua PROVIDÊNCIA,
Basta-me abandonar-me à tua vontade
mesmo que ruja o mais violento furacão
ou me envolvam as malhas da adversidade.
Basta-me a certeza de que estás comigo,
que me susténs e que me abraças
protegendo-me contra quaisquer ameaças
defendendo-me de todo poder inimigo.
 
Senhor,
É por isto, por tudo isto que experimento
em minha fraqueza por ti amparada
que uma só graça te peço, unicamente.
Dá-me, Senhor, a graça de não pedir nada
mas crer com todas as veras do meu ser
tanto quanto pode a minha fragilidade
que Tu és meu Deus, meu Pai, meu Tudo.
Faze que toda minha oração seja agradecimento
seja louvor silencioso, sem qualquer palavra
pura entrega, simples adoração
de quem, diante de ti, se queda, mudo…
Sim, porrque não mais se balbucia
quando incendeias um pobre coração.
E já nada se pede, quando Tu mesmo te dás
e nos tomas, tais como nós somos
para saciar nossa sede, nossa fome
e plenificar todo o vazio que nos entedia.
 
Oh! Que saberia dizer-te, então, Senhor?
– Nada, pois sinto que devo calar…
E que nada poderia ainda pedir, ó meu Deus?
– Nada! Experimento que não mais sei suplicar!

APRESENTANDO IR. TERESINHA MARIA

A você que visita nosso site quero brindar, entreabrindo o universo poético de Ir. Teresinha Maria, exatamente nesse momento de intensa espiritualidade, fortemente assinalado pela memória da Paixão do Divino Mestre Jesus Cristo. Nossa poetisa canta a dor, o sofrimento, a paixão; franciscana autêntica, Ir. Teresinha Maria deixa-se estar aos pés da cruz redentora, sorvendo na contemplação do Cristo crucificado a seiva dos seus versos; neles é possível vislumbrar a experiência  cotidiana da cruz, a perplexidade diante do mistério do sofrimento, a surpresa da provação.

CLAMANDO POR LIBERTAÇÃO

Senhor,

Há uma tristeza brincando

Aqui, nas frestas da minha vida.

E há vida brincando em minha tristeza

Porque toda tristeza expressa saudade

Saudade do Sumo Bem que és Tu,

Ó meu Deus, meu Tudo, única Riqueza!

 

Ah! Em toda tristeza escuto gritos,

Escuto clamores por libertação.

Mas, somente Tu ma podes dar

Quebrando grilhões que me fecham

Sobre mim mesma no meu passado.

Ó Liberdade infinita, sacia-me o coração

Dá-me a paz que tanto hei buscado!

 

Parece-me que os homens têm vergonha

De revelar que estão abatidos, tristonhos

Como se Tu mesmo não houvesses confessado

E estavas triste e Te sentias abandonado…

 

Contemplando-Te, lá no Horto, solitário,

Hoje humildemente venho suplicar-Te:

Senhor, conforta-me  em meu  Getsêmani,

Pois bem vês que me deprime essa agonia

E somente Tu poderás sustentar-me

Livrando-me de sofrer com amargura

Libertando-me nas grandes ou pequenas desventuras

Que fazem a trama do meu dia-a-dia.